Não existem equações, nem tão pouco palavras
Que possam explicar esta montanha
Que quanto mais subimos ela queima;
Não existe futuro com o passado,
Nem tão pouco aliança com o que foi enterrado.
É como se o gelo aquecesse e o fogo esfriasse;
Porque em tudo que gira,
A razão e a lógica não andam em sintonia.
Não existe um minuto em que não me perceba.
E não vejo mágoa, tristeza ou dor em mim.
Eu queria odiar, calar e sumir
Mas eu avanço, abraço e lá acho descanso…
Devia ser outono, mas eu sinto primavera,
Mas é tanto amor e dedicação que vejo bonança…
Bons passos dá, sinto que são marcas de uma nova era
Então, um sorriso bobo em meus lábios anunciam esperança;
Não é possível que enquanto o actual comigo discute,
O ex me consegue acalmar, e sempre que possível liga-me!
Talvez eu tenha sido impaciente, mas ele fala que eu tenho valor
E a pessoa que comigo está, não enxerga, e isso só lhe causa dor.
Entre o bem e o mal, o doce e o amargo, frio e calor
É tanta experiência rápida que as vezes sinto um terror.
É engraçado que o ex sabe exactamente do que preciso,
Minha música acompanha-lhe tão bem, como o chão que piso.
Ele sabe quando preciso de um elogio,
Por isso me chama pra sair, cavalheiro que se tornou
Me consegue iludir e acredito que faz meu feitio.
O actual roubou meu coração,
Mas o ex, mexe com tudo e agita meus nervos;
Recuar, é o mesmo que fazer um pacto com o retrocesso
Mas me apartar, é negar um carinho e amor de sucesso
Mais uma vez me confundo, porque a disponibilidade pra mim é imediata,
Tal como a ciência que é exacta!
Não posso viajar e pensar que este amor é inato,
Pés no chão!
Não posso me enraizar neste sentimento intacto,
Desculpa por assim me expressar, mas esse é o meu momento.
Mesmo na comparação ele ganha, sinto alguma saudade e o acho bom mentor;
Talvez não concordem, mas no fundo o ex sabe bem melhor.
Texto: Dorcas Tamele
Revisão: Melissa Dinda
'E'ntrecho
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